Aquífero Onírico 2006

Aquífero Onírico 2006
Teatro da UFSC ( Igrejinha)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ficha Técnica

ELENCO

ATORES PERSONAGENS

Higor Shoeroeder Burro

Nícolas Alves Grilo

Nícolas Horácio Narrador

CENOGRAFIA

O Grupo

TEXTO

ESOPO

FIGURINO (máscaras)

Alberto Silva

PRODUÇÃO

Daline Diva

DIREÇÃO GERAL

Mônica Albano

Segundo Ato

Neste instante o narrador não aguenta e entra na história.




Narrador > _ Muito bonito! Vamos parar com esse blá! blá! blá! blá!

Amigos, o nosso Bosque esta morrendo!



Burro > _ O quê?



Grilo > _O que eu vou comer? Onde vou morar?



Burro > _O que aconteceu com o Bosque, foi incêndio, não senti cheiro

de fumaça?



Narrador > _Pior, todos esses anos as pessoas andavam pisando sobre

as novas plantas e ele não consegue se renovar!



Grilo > _O que Faremos?



Burro > _ Teremos que achar outro lugar para morarmos!



Narrador > (indignado) _ Não amiguinhos, vamos fazer alguma coisa!



Grilo >_ Como o quê?



Burro > _O que poderemos fazer?



Narrador > _Devemos ter uma Eco Atitude, contar às pessoas o que está



acontecendo com o Bosque do EBIAS e pedir ajuda. Pois todos nós



unidos poderemos ajudá-lo a sobreviver. O Bosque não é só nosso , ele é



de TODOS. Vamos amigos há muito que fazer!



Grilo > Vamos !!!!!!!!!!



Burro > Demorô !!!!!!!



Todos saem de cena e logo retornam com cartazes. Neles estão escritas frases de estímulos.

O Burro e o Grilo

PRIMEIRO ATO



Vinha um burro, certa vez, alegremente a trotar
quando parou, de repente, pra ouvir um grilo cantar:


__ Que canto maravilhoso! Cante outra vez para mim!
Eu tudo, tudo faria pra poder cantar assim.

«Ele canta muito bem, eu só consigo zurrar.
Se eu comesse o que ele come, talvez pudesse cantar.»

__ Escute aqui, amiguinho, você, quando está com fome,
também gosta de capim? Diga-me: o que você come?

__ Ora - ora, eu como pouco; isso nem me dá trabalho.
Minha comida aqui está: eu me alimento de orvalho.

__ Só de orvalho... Ó, muito bem! Pois vou comê- lo também.

E desse dia em diante o coitado do burrinho,
de tanto beber orvalho,ficou magrinho, magrinho!
E depois tentou cantar, mas só conseguiu zurrar.
E o grilo que, nesse instante,do seu galho, tudo ouvia,
perguntou:



__ Que foi que houve? Por que essa gritaria?

__ Ai, amigo, estou tão fraco, estou magro como o quê
de tanto comer orvalho pra cantar como você.

__ Ora essa, que tolice!Não queira igualar-se a mim!
Os burros devem zurrar e devem comer capim.
Pois que lhe sirva a lição e que aprenda de uma vez:
Cada qual com seu destino,cada qual como Deus fez!